Esta página é a segunda de uma série onde tentamos ilustrar o caminho que nos conduziu ao actual desastre económico (a que chamámos Portugal em Gráficos).
PIB
Dados extraídos do Pordata, folha de cálculo disponível em formato ODS: 02-pib.ods.
(O período de Junho de 1983 a Novembro de 1985 foi o governo do bloco central (IX Governo Constitucional de Portugal) logo não deveria estar representado apenas a rosa.)
Este gráfico mostra o Produto Interno Bruto em valor absoluto em Euros de 2006. A destacar temos três períodos distintos e evidentes:
- Período de estagnação (fase I), de 1980 a 1986 neste período crescemos em média 1.53% ao ano. Isto levou ao pedido de ajuda ao FMI em 1983;
- Iniciamos um período de aumento do PIB no exacto momento em que entramos para a CEE (fase II);
- De 2001 até à actualidade temos um segundo período de estagnação com um crescimento de 0.66% ao ano.
No gráfico seguinte identificam-se estas fases da seguinte forma:
O período de crescimento correspondente à fase II, desde 1986 ao ano 2001, beneficiou de algumas situações que dificilmente se vão voltar a repetir:
- Influxo de dinheiro da comunidade europeia, quer em ajudas directas, quer em investimento privado (eg. Autoeuropa inaugurada em Abril de 1995);
- Privatizações;
- Venda de activos do estado;
- Baixo preço do petróleo (preço em volta dos 20 dólares por barril durante a fase II);
Por outro lado, a partir do ano 2000 a situação alterou-se:
- Rebentamento da bolha dotcom o que dificultou a venda de activos do estado;
- Preço médio do petróleo na primeira década do século andou pelos 60 dólares por barril;
- Taxas de juro muito baixas. Tendo em vista atenuar os efeitos da crise dotcom o preço do dinheiro baixou para níveis que tornaram o crédito muito barato. Isto teve o pernicioso efeito de termos esta década sem crescimento, sustentada neste dinheiro fácil.
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